O sono é o momento em que nosso organismo repõe as energias e regula o metabolismo, exercendo papéis fundamentais como a síntese proteica, crescimento muscular e reparo de tecidos. Estudos apontam que para um indivíduo adulto, a média ideal de sono sem interrupções é de 7 a 8 horas por noite. Já para bebês, crianças e adolescentes esse número é maior, uma vez que durante o sono acontece a liberação do hormônio do crescimento.
Ter uma rotina de sono de qualidade propicia uma série de benefícios para a saúde em geral, como reforço do sistema imunológico, manutenção do peso corporal, diminuição do risco de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e obesidade por exemplo.
“Dormir hoje é uma medida de sucesso, uma habilidade a ser cultivada e nutrida”
O hormônio do sono
Conhecido como hormônio do sono, a melatonina é produzida principalmente pela glândula pineal, localizada na região do cérebro, e é ativada pela a ausência de estímulos luminosos. Ao anoitecer, a glândula secreta o hormônio e envia sinais ao organismo para que inicie as adaptações fisiológicas que irão preparar o corpo para o sono, como a diminuição da pressão arterial, da produção de insulina e da temperatura corporal.
Fontes de melatonina
A melatonina também é encontrada em alguns alimentos que podem ser consumidos como adjuvantes na prevenção e tratamento de distúrbios do sono. Entre os alimentos estão o morango, cereja, uva, kiwi, banana, abacaxi, laranja, mamão papaia, manga, tomate, azeitona, sementes, vinhos, carnes (frango, carneiro, porco, peixe), leite de vaca, cereais, aveia, cevada, pimenta, cogumelos e outros.
Fatores redutores e inibidores da produção da melatonina
Assim como a presença do hormônio oferece diversos benefícios para o organismo, a redução dos níveis de melatonina pode ser prejudicial ao indivíduo. Isso por que a sua ausência desregula o ciclo circadiano, popularmente conhecido como relógio biológico. As consequências podem ser o desequilíbrio entre o consumo e armazenamento energético, deixando o indivíduo suscetível a doenças metabólicas e a diminuição das barreiras do sistema imunológico com aumento de casos de infecções por exemplo.
Alguns fatores reduzem e/ou inibem a produção da melatonina em nosso organismo. Com o avançar da idade, o corpo passa a produzir uma quantidade menor do hormônio. Estudos indicam que essa queda se inicia aos 30 anos e, por isso, é mais comum observamos distúrbios do sono em indivíduos adultos e maduros. Outro fator que inibe a sua produção é a exposição a luzes durante a noite, especialmente as de aparelhos eletrônicos. Os sinais luminosos próximo do período de sono são absorvidos pela retina e confundem o organismo, fazendo-o acreditar que ainda é dia. O estresse também pode ser um fator de interferência.
Melatonina como suplemento alimentar
Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou o uso da melatonina na forma de suplemento alimentar. Por se tratar de uma substância bioativa já presente em alguns alimentos, a melatonina poderá ser sintetizada em laboratório e comercializada no país, sem receita, como suplemento alimentar. Ainda assim, é importante consultar um médico para a recomendação ideal.