A pesquisa “Hábitos de consumo de suplementos alimentares” realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) durante a pandemia revelou uma mudança na escolha do consumidor que, impulsionado pelas incertezas dos impactos do novo coronavírus no organismo, passou a se preocupar mais com a alimentação e a adoção de hábitos mais saudáveis. A pesquisa mostra ainda que durante a pandemia:
- 48% dos consumidores de suplementos alimentares aumentaram o consumo no período;
- 42% dos consumidores o fizeram visando fortalecer a alimentação e 91% foram motivados pela preocupação com a imunidade;
- 70% dos consumidores que passaram a consumir mais suplementos no período indicaram que continuarão a consumir.
Em linha com a pesquisa e de acordo com a Equilibrium, consultoria de health marketing, a busca por suplementos passou a atingir novos mercados, classes sociais e públicos durante o isolamento social, como é o caso dos mercados do Norte e Nordeste, a maior entrada nas classes C e D e também o destaque para grupos acima de 34 anos aderindo ao consumo de suplementos. Por isso, é importante criar uma relação com esse novo perfil de consumidor através de uma comunicação acessível.
Não obstante, é preciso também olhar para os consumidores que já conhecem os benefícios e consomem suplementos, sendo oportuno implementar conceitos de nutrição personalizada que podem considerar aspectos como a saúde cognitiva e mental, saúde intestinal, longevidade, entre outros.
Assim como para outros mercados, o consumidor também tem se preocupado com o aspecto de naturalidade em torno da suplementação. As indústrias precisam estar atentas a elementos naturais que possam integrar com seus produtos, tais como o própolis, o mel, a cúrcuma, além da betaglucana e outros probióticos, observando as possibilidades na legislação.
Os formatos de apresentação e administração dos suplementos podem facilitar seu consumo e apostar em formas alternativas que insiram o hábito na rotina do consumidor pode auxiliar na retenção deste consumidor, diminuindo as taxas de abandono no consumo.