O mercado de bebidas não alcoólicas é um dos setores mais dinâmicos e promissores da economia global.
Em 2022, o volume total de vendas da indústria mundial de bebidas não alcoólicas cresceu 4%, para 754 bilhões de litros, superando o número pré-pandêmico (2019).
Os principais mercados consumidores de bebidas não alcoólicas são os Estados Unidos, a China e a Índia.
Esses países são os principais responsáveis por impulsionar o crescimento do mercado global, devido essencialmente ao aumento da renda per capita, à urbanização e à crescente preocupação com a saúde.
Cenário nacional promissor
No Brasil, o mercado de bebidas não alcoólicas também vem crescendo a taxas significativas. Em 2022, o volume de vendas do setor cresceu 2,1%, para 100,9 bilhões de litros.
A previsão é que o mercado continue crescendo nos próximos anos, com um CAGR (crescimento anual composto) de 4,7% no período de 2023 a 2028.
Entre 2018 e 2022, as águas envasadas tiveram forte crescimento das vendas por aqui: +55,1%, enquanto o refrigerante teve queda de -4,8% no período, apesar de ter representado 56,6% das vendas de bebidas não alcoólicas (em volume) do País em 2022. É uma fatia relevante do mercado, mas bem menor que os mais de 80% registrados em 2010.
Uma informação interessante sobre os refrigerantes, é que seu bom desempenho tem sido sustentado em grande parte pelas variações com baixo teor ou sem adição de açúcar, indicando mudança na maneira de consumir.
O relevante aumento no consumo de águas envasadas indicam caminho promissor também para produtos como isotônicos e bebidas esportivas, desde que saibam posicionar seus produtos acerca dos benefícios da hidratação.
Também há muito espaço para trabalhar bebidas gaseificadas que denotam leveza, nutrição e rótulo limpo, alinhadas com os lançamentos de “vitamin water” na Europa e EUA.
Além das águas envasadas, outro produto que têm tido destaque nas vendas de bebidas não alcoólicas no Brasil, são as bebidas energéticas.
A previsão é que esse mercado dobre de tamanho no Brasil até 2027, representando 10% do segmento de não alcoólicos, em sinergia com o que acontece por exemplo nos EUA.
Interessante notar que “novas bebidas energéticas” têm sido lançadas com benefícios extras, novas ocasiões de consumo, formulações e embalagens inovadoras, e com isso ampliando seu share de mercado.
Novos hábitos pós pandemia
A pandemia da Covid-19 causou forte impacto nas vendas de bebidas não alcoólicas em todo o mundo, especialmente em 2020.
Além disso, os dois anos mais críticos desse período deram início a uma nova onda de ocasiões de consumo, estratégias, demandas e inovação que moldaram a evolução do setor dali para frente.
Os hábitos de consumo já não são mais os mesmos, e essas mudanças devem se manter no médio e longo prazo, entre as quais se destacam:
- Crescente popularidade de estilos de vida saudáveis: as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a sua saúde e bem-estar, e estão buscando maneiras de melhorar a sua qualidade de vida, tanto física quanto mental.
- Conscientização sobre os riscos do consumo excessivo de álcool: Estudos em todo o mundo mostram que a geração Z, por exemplo, tem reduzido cada vez mais o consumo de álcool. Os pais, por sua vez, têm aumentado a conscientização, o diálogo familiar e a prevenção do consumo precoce.
- Influência das mídias sociais: as mídias sociais estão ajudando a disseminar informações sobre os benefícios de uma vida saudável, incluindo a importância de uma dieta equilibrada e de um consumo moderado de álcool.
Essa mudança de hábitos tem criado oportunidades para as empresas que oferecem bebidas não alcoólicas saudáveis e nutritivas.
É cada vez mais comum encontrarmos nas gôndolas bebidas inovadoras com ingredientes naturais e orgânicos, com baixo teor calórico ou sem calorias, e com adição de nutrientes que tragam benefícios extras, como probióticos, fibras, vitaminas, minerais e outros compostos bioativos.
O mercado de bebidas não alcoólicas é, portanto, um setor dinâmico, inovador e promissor, com grande potencial de crescimento.
As marcas que estão se adaptando a essa mudança já estão obtendo sucesso no mercado. Mas lembre-se: ainda há muito espaço para as empresas crescerem com bebidas não alcoólicas inovadoras, saudáveis e saborosas!
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Fontes:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica – IBGE; Mordor Intelligence – Relatório “Mercado de bebidas não alcoólicas”; Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR); Euromonitor