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Alimentos plant-based: a importância da fortificação.

Alimentos plant-based: a importância da fortificação.

Falar sobre alimentos plant-based como uma “tendência” no setor não é mais novidade.

O que temos visto é que a categoria de produtos também conhecidos como “à base de plantas”, ou “produzidos com proteínas alternativas” definitivamente furou a bolha dos veganos e já pode ser considerada como um hábito de consumo em andamento.

Segundo dados da Bloomberg Intelligence, o Brasil é o maior mercado consumidor de alimentos plant-based da América Latina, seguido pelo México, Chile e Argentina.

Outros números reforçam esse movimento: um estudo do Euromonitor mostrou que o consumo da categoria no Brasil cresceu quase 70% em 5 anos!

Para se ter uma ideia, em 2015 o consumo estimado ficou em US$ 48,8 milhões, e em 2020 chegou a US$ 82,8 milhões – um aumento de causar inveja a qualquer segmento alimentício.

Mas afinal, quem impulsiona o mercado de alimentos plant-based?

A alimentação vegana é normalmente baseada em vegetais, evitando todos os alimentos de origem animal, como carne, laticínios, ovos e mel.

Já a dieta do vegetariano, basicamente, exclui todos os tipos de carnes, entretanto outros alimentos de origem animal podem ser consumidos de alguma maneira.

São muitos os impulsionadores desses estilos de vida, mas os principais são estes três pilares: saudabilidade, ética animal e sustentabilidade.

Entretanto, apesar dos grupos mais restritos apresentarem crescimento em todo o mundo, eles ainda são minoria. Segundo a pesquisa “Voz do Consumidor” realizada pela Euromonitor, os veganos representam apenas 4,6% das pessoas no mundo. 

Por outro lado, o grupo de pessoas conhecido por FLEXITARIANOS (pessoas que optam pela inclusão limitada ou ocasional de produtos de origem animal em sua rotina) representa 37% da população e não para de crescer.

Ou seja, o consumidor flexitariano, além de ser o grande responsável pelo crescimento do setor já não pode mais ser considerado um nicho e, sim, um hábito amadurecido e irreversível.

Continue lendo este artigo e descubra como a fortificação com micronutrientes pode auxiliar as marcas a entrarem de uma vez no mercado de alimentos plant-based.

A fortificação é o grande aliado das soluções plant-based

Estamos testemunhando uma transformação na forma como as pessoas encaram suas escolhas alimentares. Isso tem contribuído positivamente para um mundo mais sustentável, ético e saudável – sendo esse último fator considerado como a principal motivador na escolha por produtos veganos, de acordo com uma pesquisa realizada pela ONG Mercy For Animals (MFA).  

Ou seja, os consumidores buscam alternativas que sejam tão ou mais saudáveis que as opções de origem animal.

Nesse sentido, temos observado o lançamento de soluções à base de proteínas alternativas que apresentam ótimos perfis proteicos e alto valor biológico, mas que trazem desafios relacionados ao perfil sensorial, como:

  • Soja
  • Arroz
  • Ervilha

Por outro lado, também vemos opções de sabor mais “neutro”, quando comparado com a maioria das opções de mercado, como a proteína de girassol.

O ponto é: nem só de proteína vivem os alimentos plant-based.

Em praticamente todos os tipos de matrizes alimentares, sejam bebidas, barras, biscoitos, análogos de cárneos ou análogos de lácteos, é possível (e recomendado!) que seja realizada a fortificação com micronutrientes essenciais.

Entenda a seguir quais os principais micronutrientes indicados e o porquê.

Vitamina B12 (cobalamina)

De todos os micronutrientes com certeza a vitamina B12 é a mais importante quando falamos em dietas veganas.

Isso porque a vitamina é encontrada quase que exclusivamente em tecidos animais. Apesar disso, os animais não são capazes de produzí-la. Eles a obtém por meio das rações fortificadas ou de alimentos que contêm B12 devido à contaminação por bactérias capazes de sintetizá-la, presentes no meio ambiente.

Especificamente em ruminantes, a presença dessas bactérias em seu sistema digestivo contribui com a presença da B12 nos tecidos animais. Sendo assim, o conteúdo de cobalamina nos alimentos de origem vegetal é bastante reduzido.

Estudos mostram que quase 90% da população vegetariana possui níveis inadequados de vitamina B12, demonstrando que seu fornecimento por meio de suplementos alimentares ou alimentos fortificados é essencial.

Lembrando que essa vitamina desempenha um papel importantíssimo na função cognitiva, produção de células vermelhas do sangue, metabolismo energético, e saúde do sistema imune.

Vitamina D

Um dos nutrientes mais importantes do nosso organismo, possui relação direta com a nossa imunidade e com a saúde dos ossos, além de auxiliar na perda de peso, prevenção de diabetes, manutenção do humor e gestação saudável.

Ela existe em duas formas:

  • Vitamina D2: encontrada em poucos alimentos de origem vegetal, como cogumelos e abacate;
  • Vitamina D3: produzida pelos animais, e encontrada em peixes gordurosos, gema do ovo, manteiga e leite, além da produção pelo nosso próprio corpo quando exposto à luz ultravioleta.

Em humanos, estas duas formas exercem as mesmas atividades biológicas uma vez que são convertidas pelo corpo em vitamina D.

O problema é que devido ao nosso estilo de vida, nos “escondemos” cada vez mais dentro de escritórios, shoppings, carros com insufilmes, além de usarmos protetor solar o tempo todo, o que contribui para a redução da síntese de vitamina D. Dessa forma, o número de pessoas com hipovitaminose D (deficiência de vitamina D) não para de crescer.

Garantir 100% da necessidade diária pela alimentação também é muito difícil, principalmente para os veganos. Dessa forma, uma terceira fonte de vitamina D tem se mostrado cada vez mais comum – a suplementação, ou fortificação, com vitamina D2 ou D3 “vegetal” produzida por líquens.

Ferro

Apesar de não haver diferença de carência de ferro entre as populações vegetariana e não vegetariana, quem segue uma alimentação de base vegetal deve garantir uma boa ingestão de leguminosas, cereais integrais, tofu, vegetais de cor verde escura, oleaginosas e sementes.

Isso porque este mineral é classificado em dois tipos:

  • Ferro heme: proveniente dos animais, com taxa de absorção de até 40%. Possui uma espécie de “capa protetora” e, por isso, tem sua absorção pouco afetada por interferentes externos.
  • Ferro não heme: proveniente das plantas, com taxa de absorção de até 20%. Não apresenta capa protetora, sendo mais vulnerável a fatores que dificultam sua absorção.

A carência deste nutriente afeta diretamente a saúde humana e pode levar à anemia, limitação da capacidade física e debilitação da função muscular, entre outras complicações.

Além dos nutrientes acima, é possível incluir outros micronutrientes que podem fortalecer a qualidade nutricional de alimentos plant-based, como:

  • Cálcio
  • Zinco
  • Vitamina B6

Importante reforçar que a necessidade/possibilidade de fortificar ou suplementar não invalida nenhum padrão alimentar, e não o torna menos nutricionalmente adequado, ou menos “natural”.

Todos os padrões alimentares podem ter déficits nutricionais. Práticas como a fortificação de alimentos e suplementação de algumas faixas etárias têm permitido a melhoria do estado nutricional das populações de maneira geral.

A conclusão é que a curto prazo, podemos esperar todo tipo de inovação e soluções em bebidas e alimentos plant-based no mercado brasileiro. Mas lembre-se: o consumidor é exigente!

Quer saber como entregar bebidas e alimentos plant-based com sabor, praticidade e qualidade nutricional? Entre em contato com nossos especialistas!

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